A "providência divina" fez com que escrevesse primeiro sobre quadrinhos. Estava arrumando minhas coisas por aqui e "achei" onde estavam minhas mini-séries e quadrinhos mais especiais.
Nem me lembro quando comecei a ler quadrinhos, mas guardo com carinho um exemplar do Batman nº 8 de 1987. A capa está toda remendada , porque com certeza devo ter tentando distuir a capinha rs.
Devo ter começado a gostar de ler com quadrinhos, como acho que boa parte dos homens da minha geração.
Guardo com carinho essa revista , e junto delas meus exemplares favoritos.
Wolverine - Origem: uma idéia da Marvel de tentar contar a origem (daí o "brilhante" título) de seu personagem mais querido (que me perdoem os fãs do Aranha rs). A história até é interessante, mas com essa mania dos quadrinhos de a cada cinco anos, uma nova origem ou morte acontecer com muitos personagens fica complicado encará-la como A verdadeira origem. Os maiores destaques vão pra arte linda de Andy Kubert e para a pintura magnifica feita pelo Richard Isanove. Obs: a capa da primeira edição é espetacular.
As Aventuras da Liga Extraordinária: é Alan Moore... ou seja, quase sempre é bom. No caso é uma viagem muito bem realizada sobre uma liga (dãhnnn) reunindo personagens históricos da literatura britânica do final do século 20. A escalação do "time": Alan Quatermain (das Minas do Rei Salomão), Mina Harker (de Drácula), Capitão Nemo (20.000 léguas Submarinas), Hawley Griffin (de Homem Invisível) e Edward Hyde (de o Médico e o Monstro). Ainda na história temos a participação de Sherlock Holmes, de Fu-Manchu e do abominável Doutor Moriarty. Garantia de texto inteligente. Ainda gerou um filme péssimo , mas isso pode ser assunto pra outro post.
Batman- Ano Um: a origem do Batman contada pelo genial Frank Miller. Muito do que é mostrado nesse história foi utilizado como base para a criação de Batman Begins (o primeiro filme do Batman de verdade , já que os do Tim Burton eram filmes de Tim Burton e os de Schumacher eram verdadeiras palhaçadas, com todo respeito aos palhaços). O texto é magnifico, a arte mantém o nível, e é a "primeira grande história" envolvendo o comissário Gordon, na história ainda Tenente Gordon. Ele é o fio condutor que nos faz embarcar na realidade dolorosa, corrupta e suja de Gotham City. Necessário, mas do que recomendado.
Marvels: lembro quando minha avó me comprou a primeira edição dessa mini-série. Na verdade era a terceira, mas para mim vai ser sempre a primeira rs. Minha primeira paixão foi a arte deslumbrante de Alex Ross, toda pintada como telas , trazendo fotorealismo aos quadrinhos. Quando reli pela primeira vez , o texto sensível e brilhante de Kurt Busiek foi o que mais me fez querer ler sem parar. Na segunda re-leitura realmente me apaixonei , e até hoje guardo-a muito bem guardada, longe de dedos de primos pequenos rs.A história é até certo ponto bastante simples: "E se super-heróis existissem" de verdade ?" e mais "E se você fosse uma testemunha ocular dessa história ?". No caso, nós leitores , somos Phil Sheldon , um fotógrafo de Nova Iorque que testemunha o nascimento de todo o universo Marvel. O primeiro volume marca a origem do Tocha Humana (não o do Quarteto Fantástico, mas o Tocha original que era um popular personagem na década de 30 e 40), do principe Namor e do Capitão América; esse primeiro volume se passa no finalzinho dos anos 30 e anos 40, periodo da segunda guerra mundial. O volume dois já nos anos 60 , conta-se o nascimento dos X-Men durante a borbulhante década onde os direitos civis e raciais davam o tom das discussões do mundo.
O volume três (o meu volume 1 rs) conta a saga de Galactus (o devorador de mundo que vem a terra com esse intuito conduziado por seu arauto, Surfista Prateado, e é impedido pelo Quarteto Fantástico). E o quarto e último volume narra o episódio mais triste da história do Aranha, a morte de sua primeira namorada Gwen Stacy. Lendo assim parece comum, um best of da Marvel, mas não é. Todos esses momentos são vistos por um fotografo, comum e sem nenhum poder de decisão sobre as coisas, que resulta em um texto sensível e tocante. Obrigatório.
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