segunda-feira, 6 de abril de 2009

Poesias sem fim

Espelho
Eu me conheço
Eu me conheço e ao meu reflexo
Eu me conheço e a meu reflexo na poça d'água

As estrelas e constelações
num plano caótico de existência
cruzam os dados de minha vida.

Dentro de uma caverna perdida
o Eremita e sua lanterna de óleo mostram a saída pelo túnel de uma antiga mina.

A vista é linda
vejo minha infância correndo
Perseguida por outras vidas perdidas

Elas salivam, elas sangram, elas vivem

Eu me conheço
Eu me conheço e a escuridão da caverna
Eu me conheço e a solidão das trevas

Espíritos assombram o velho eremita
mas ele persiste e os ataca com cantos
Cantos que ecoam por toda caverna
qubram pedras, soterramn dores e mentiras


Flores de Aço
Em suas cartas você falava de paz e amor
mas as flores me feriram quando eu as toquei
Você dizia que me esperaria até o fim
e eu sonhava com casas com jardim, cerveja gelada e crianças correndo pela casa.

Enquanto eu mergulhava na lama,
rastejava por entre as almas jovens desperdiçadas,
você me chamava de imoral, me chamava de animal

Em nossa terra natal, homens barbudos como Jesus
queimavam nossa memória e pediam paz
enquanto cuspiam em nossas caras

São flores de aço
que machucam meu peito
São flores de aço
que cobrem os campos da hipocrisia

O que me espera quando eu vou voltar
eu pensava todos os dias
reconhecimento pelo meu esforço
respeito aos que caíram

Me chamaram de assassino
disseram que eu matei crianças
mas ninguém contou os corpos
ninguém chorou suas mortes

Intoxicados por suas próprias mentes
engolindo as idéias dos outros
sendo engolidos pelos que combateram
vendidos a 10 dólares pra todos comprarem


Dois Lados da Moeda
Como eu posso decidir
Qual caminho seguir

Se minha sensação
É turva
E minha vida perdida

Só a sorte comanda o mundo
O impoderável em um segundo
Não a controle, quando os dados rolam

Pode um homem voltar dos mortos
E mudar sua vida ?

A justiça tem dois lados
Talhados no ferro
Só eu sei o que eu sinto
Quando minha moeda gira no ar

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