Criei essas nove poesias baseando-me no livro "A Divina Comédia"
A Mais Brilhante das Luas no Céu
Eu vejo, no céu escuro e sem nuvens
Um par de asas cortadas vagando melancólicas
Ele ora dentro de moléculas
Ele pede liberdade
Quando percebo que as asas se foram
Eu me pergunto que lugar é esse
Igual a qualquer lugar, só que diferente
Pelas ruas asfaltadas, eu vejo homens carregando seus carros
Macacos conduzindo seres, humanos ?
Que loucura é essa, um asilo de sonhos
Ao norte o vale se encontra com o que outrora em chamei de cidade
O vale é silencioso borbulham flamas
Apenas os sonhadores e os desencarnados
Caminham por esses caminhos
Eu prefiro seguir a leste e entrar em alguma gruta calcária
e tentar entender os problemas em que me meti.
No escuro, e no silêncio, eu começo a sentir
o trepidar das rochas, que são rachadas de dentro pra fora
E do alto, trazendo a luz da superfície
Eu vejo
Vindo de uma caverna úmida,
Cruzando os 7 palmos
O fantasma do não batizado me chama
Me ajude, a escapar do limbo - ele grita.
Venus Apaixonada
Abra as portas do Eden
Proclame a nova Gênese
Começe a pregar um novo Evangelho
Escrito com pó de estrelas e hidromel
Glória a casa de Olímpia
Saúde os templos afrodisíacos
Vamos lá
Aproveitar
O sabor da música
Eu te convido a sessão de amor
Homens nus lambem as virgens
Penetram seus corpos com a lascivia dos pecadores
Corpos cheios de semen
Cuspindo a depravação
Veja a loirinha com olhos faiscantes
Tão verdes.
Ela quer você.
Ela quer seu sexo dentro de sua boca
Dentes brancos roçando, roçando
A seu lado observe o banquete
Pele quente e macia
A sua frente, veja a bela deusa de ébano
Seios reverberam seu desejo, os quadris imploram sua boca
Não seja tímido
Sua mãos procuram as formas perfeitas de sua alma
Então,
Chega a ruiva e sua amiga morena
Duas ninfas hedonistas
Elas te beijam
Elas te acariciam
Elas te devoram
Você está mais perto dos reis antigos
o arcanjo gargalha
A mão aperta, arranha
dedos investigam o santuário
sua umidade
Sinta a brisa do verão,
deliciosa
A ruiva o beija
A morena se oferece
E você explode
Sete homens para uma só mulher
Não a esperança, não a salvação
Sangue, entre vinho tinto e pão torrado
Seios mordiscados, sexos violados
Sodoma lhe brinda
Gomorra te aplaude
No reino de Afrodite.
Luciferium
Seis balas no tambor
Uma a uma elas vão caindo
Só quero uma
Uma só
Direto na têmpora
Uma morte rápida
Pouca dor
Não a dor
Não a balas
Não a morte
Vamos brincar, no deserto avermelhado
Morte no bode, ofereça sua carne a mim
Deite-se com as ninfas.
Você vai gostar !
Vai ter prazer !
Explore seus corpos !
Toque a pele branca !
Bem vindo, doce pecador,
divirta-se aqui.
Na cama do arcanjo
você é minha puta
Na terra dos leprosos
você é só mais uma ferida.
Sucubus, sucubus
Sua noiva no inferno
Baco, querido Baco
Bem vindo a seu túmulo
Não tente, hedonista, fugir
Não conseguirá, filho do bacante
Salvação de mim
Meu tridente , vou afiar
E esperar sua chegada.
Por favor, não demore
Eu estou com tanta fome
segunda-feira, 6 de abril de 2009
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