segunda-feira, 6 de abril de 2009

Nova poesias

Pregador
Os olhos não tem fim
São como o mar eterno e infinito
Eles penetram a carne
Hipnotizam a mente

Ele então para, em frente ao povo
E abre a boca
Ressoa como um trovão
Iluminando a noite

Ele fala sobre um império da mídia
Com cruzes de metal
Ele fala sobre homens amargos
correndo pela entrada com armas em mãos
como um exército

Ele é o homem do século
O messias negro
Ele faz chover
faz nascer onde existia vida

Ele inflama as massas
Falando sobre deuses
Sobre o domínio da terra
Ar e mar

Debaixo desse céu de enxofre
comandados pelo messias negro
Uma nação surgirá
cubrindo o mundo com o caos


Espantalho
Sob a lua ensanguentada
por entre as asas dos corvos sujos
eu observo você

Por entre o milharal
meus olhos vermelhos seguem seus passos

Eu sou prisioneiro
de minha mente perturbada
Eu faço
as mentes assombradas

Eu sopro em seu ouvido ordens e mentiras
Eu digo o que você tem de fazer
Eu te faço suar
Eu te faço se borrar
Eu te faço chorar

Dentro do seu abismo
os ecos gritam no seu ouvido
Eu rio do seu desespero
quando você tenta se soltar das cordas que te prendi

De que você tem medo ?
Qual é seu trauma de infância ?

É irracional, não é
Quando as asas de veludo voam a seu lado

Você teme sua própria consciência
Você as prende com cordas firmes

O medo vai te seguir
Por todas as ruas
E pelos campos verdes
Que você estiver

Ele é uma verdade silenciosa e sem sentido
Eu te digo
sinta o tempo correr atrás de você.

Um comentário:

  1. Na minha opinião essa é a melhor.
    Acho muito legal o sentimento que vc coloca nas suas poesias, continue assim.
    Te adoro!
    Juliana

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