sexta-feira, 3 de abril de 2009

(Sem mais datas , se não vou me perder) rsrs

CINEMA

Como disse no primeiro post , no longiquo dia 1º, esse espaço destina-se a falar sobre tudo e a não chegar a conclusão nenhuma sobre nada.

Continuando a epopéia decidi falar sobre cinema. Vou evitar falar sobre grandes filmes que todo mundo viu, vai ver, ou não tem vontade de ver. Vou procurar "espalhar cultura" rsrs (to ficando metido com essa p....).

O primeiro filme que gostaria de abordar é No Vale das Sombras (In the Valley of Ellah) de 2007. Elenco estrelado, com Tommy Lee Jones ,Charlize Theron, James Franco (de Homem-Aranha), Susan Sarandon e Jason Patric (que entre outros filmes fez o péssimo Velocidade Máxima 2).

A história gira em torno do desparecimento de um soldado estadunidense em seu primeiro fim de semana de folga após o retorno do Iraque e a busca implacável de seu pai.

O filme é dirigido pelo Paul Haggis (que foi o roteirista de Crash, outro filme bastante impactante), e tem exatamente na discussão de idéias seu ponto mais forte.

Assim como outros dramas de guerra (Nascido em 4 de Julho, Franco-Atirador e até o primeiro Rambo) ele questiona e mostra as consequencias de qualquer guerra na vida de um soldado , de sua família e amigos.

Como o filme é de 2007, algumas farpas em direção ao então presidente Bush são arremessadas, mas esse não é foco do longa.

A jornada de um pai para reconhecer a alma de seu filho, e as consequencias da percepção de que a guerra pode ter sido responsável por mudanças profundas nela, nos tocam e nos fazem pensar mas uma vez na estupidez da guerra.

Tommy Lee Jones, para variar, está magnifico. Moldando seu Hank Deerfield como um homem sério, perfeccionista, duro e até amargo, tem as melhores cenas, os melhores diálogos e as melhores momentos do longa. O restante do elenco não compromet e o único probleminha , na minha opinião, encontrado no longa é a eventual "mão pesada" de Haggis (talvez ainda não habutuado com a cadeira de diretor)ao tentar nos afastar da emoção fácil, e em consequencia acaba perdendo a mão quando é necessária nos sentirmos tocados pelo filme.

Com erros e acertos, No Vale das Sombras é um excelente exercício crítico, áspero e sincero sobre a realidade dos jovens estadunidenses que longe de casa tem de crescer e se tornarem homens , abdicando muitas vezes de seus próprios valores morais.

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