Moedas Solares
Na colheita de almas
Os que tem lágrimas prateadas com gosto de mercúrio
Choram sangue esverdeado.
Dentro do caracol caleidoscópico
Onde todas as cores interagem entre sí
O 4º andar é destinado aos homens do níquel.
A todos eles, sejam bons ou maus
Agiotas conversam com assistentes sociais
Velhos mecenas renascentistas
Donos de orfanatos aterrorizados.
Os avarentos não foram visitados no Natal
Eles são comidos vivos.
Incinerados por anjos caídos
Na cornucópia do sul do sul,
A moeda corrente é o puro mal,
O vil metal, chocando-se em mesas de feltro,
O doce sabor de licor.
Sabe de anis.
Existem ainda os vendedores, os acionistas
Oferecendo a criaturas malignas, lágrimas,
Gritos em busca de uma absolução impossível.
Outros chafurdam no zinco cunhado
A procura de impossíveis virtudes terrenas
Virtudes terrenas, mentiras deliciosas
Lagos platinados cercando o homem
Chovem batinas de ouro cravejadas de bosta
Num canto da sala, notas verdes
Crizam o ar insosso
No centro
O homem.
Gritos de Marte
Sinta o cheiro de enxofre
Quando você caminha
Pelos jardins de lava
Observe seu espírito vagar pelo infinito até o rio
Ouça os gritos
Ouça os lamentos.
Membros se estilhaçam com a pressão das cordas apertadas
Os demônios se divertem.
O guerreiro do céu comemora no Olimpo
Erguendo a espada, bradando o elmo
No quinto buraco
Onde a humanidade deveria viver
Você vê mil demônios exorcizando os tiranos
Somos sujos
Não merecemos perdão
Matamos a vida
Destruímos o amor
Não a amor
Nesse nosso mundo cinza
Não a amor
Nesse nosso mundo bruto
Cada dia, nosso coração
Torna-se despedaçado
Pétalas vermelhas navegam no leito do rio
Lacrimejam a violência e a ira.
Hereges, Cruzes e as lágrimas de Júpiter
Sombras brancas sopram asas douradas
Somos estúpidos
Somos arrogantes
Queremos ouro
Queremos não sentir frio
Mentimos a nós mesmos, em procura da matéria
Nosso espírito sofre
Nossa alma escurece
No 6º círculo do Inferno
Marcados como gado
Nós somos hereges
Chagas mecânicas, atingindo o corpo ferido
Mergulhados em lava, assistindo a dor
Comamos as hóstias. pregamos a mentira
Sentados na mesa, ao lado dos caídos
No 6º círculo do Inferno
Palavras, versos nulos
Para nós, tudo é válido
se conseguirmos algum dinheiro
Eu cuspo em minha alma
Nosso castigo é o mesmo
Eternamente presos num castelo negro
Soprando a dor
Sentindo-se um santo.
Nunca aprendemos, por mais que erramos
Somos imbecis, somos metidos
Queremos espíritos
Queremos ser puros
segunda-feira, 6 de abril de 2009
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